12/29/2007

Meu coraçãozinho só entende o que é cruel e o que é paixão

Vocês dirão que o título do post é manjado, brega, de mau gosto mesmo. Mas quem disse que não sou brega e manjada? Vergonhosamente sei de tudo isso, inclusive que é uma frase de um dos candidatos com maior chance de ganhar o prêmio Tourvel de breguice. Vocês sabem que eu falo do bigodudo cearense. Mas meia noite e meia, eu saí na varanda, fui ver a lua no céu. O que era aquilo? O céu estrelado, a lua belíssima (claro que dentro das condições da cidade mais charmosa do Brasil, que, mané, o Rio o quê?). Só que eu olhava para a lua e enxergava o rosto dele, olhava para qualquer estrela -e olha que nem era das mais brilhantes, e eu enxergava o rosto dele. Com o dedo indicador (hummmm), quase toquei sua face (aí veio em minha cabeça a senhora minha mãe, dizendo: “Não aponte estrelas, nascerão protuberâncias em sua pele”. Logo, saí da posição ridícula na qual me encontrava. Vai que o que mamãe falava era uma das verdades da vida, o seguro morreu de velho). Voltando ao rosto dele (que rosto), descobri que estou apaixonada e eu sofro quando me apaixono. Dizem que a paixão é o lado bobo do amor. Também acho, mas e daí? O problema é que choro toda vez que constato que a vida não é feita só de bom séquiço e um bom vinho. Então, ontem, sentei (hummmm) na piedra e chorei. Não sei quando verei o rosto (e todo o resto) dele novamente, só sei que desejo. Monsieur Tourvel que não me ouça, mas estou apaixonada. Mas Monsieur Tourvel não tem com que se preocupar, afinal tenho consciência que “desse jeito não vou ser feliz direito, nem viver satisfeita, porque o amor é uma coisa mais profunda que um encontro casual, que uma transa sensual”, como disse um analista amigo meu em sua Divina Comédia Humana de Dante.

(Por causa do hilariante bigodudo que mora na filosofia, você sabe que este post é para você, menino bonito. Hoje. E para o resto de meus dias)

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