1/30/2008

Amanhã, só quarta de cinzas

Estou com um post prontinho esperando somente uma autorização para publicá-lo. É um post sério, daqueles que fala sobre política e jornalismo chapa-branca. Está pronto desde o dia 27, mas meu amigo ainda não respondeu se autoriza que eu coloque um texto dele aqui. Caso até hoje no final da noite ele não der sinal de vida, amanhã, só na quarta de cinzas. O silêncio dele pode querer dizer várias coisas:

a) vá te catar, Marie;
b) não precisa nem perguntar, você sabe que eu jamais deixaria;
c) a minha indiferença será teu castigo;
d) recebo muitos e-mails e o seu deletei por engano;
e) recebi, li, mas estou ocupadíssimo para responder. Espera, pô!;
f) nenhuma das anteriores ou posteriores

Pois é, hipócrita leitor, meu semelhante, é Carnaval. Ueba! As escolas de samba na avenida, os bailes pitorescos nos clubes, os blocos saindo na rua, gentes fantasiadas, gentes alcoolizadas, gentes dirigindo alcoolizadas, gentes nuas, gentes fazendo bebês, políticos distribuindo camisinhas e pílulas do dia seguinte para mulheres de 11 anos. É uma festa. Como adooooro Carnaval e não quero me emocionar com os desfiles e tampouco com o Otávio Mesquita apresentando o Baile Gala Gay do Rio de Janeiro, parto para uma praia a 180Km de São Paulo. É agitada? Sim, mas lá, não ouço musiquinha de Carnaval, uma marchinha sequer. Está certo que quando vou dormir ouço ao longe um bate-estaca infernal, mas ainda prefiro o FatBoy Slim ao Neguinho da Beija-Flor. Minhas lágrimas caem menos emocionadas, se é que me entendem. No ano passado, só por causa da morte de um menino de 6 anos que foi arrastado e morto por um carro conduzido por homenzinhos que tiveram uma infância difícil e não tinham dinheiro para comprar um tênis (by socialismo de merda), teve colunista de revista que escreveu que não deveríamos ter Carnaval. Ora, ora, os arrastadores da criança mereciam desfilar na Mangueira, não é mesmo? Depois de quase um ano eles foram condenados, juntos, a 167 anos de prisão. Com bom comportamento, sairão no mínimo em... 1 mês? Me preparei para quando o Carnaval chegasse. Ele chegou e estou preparadíssima para fugir dele como sempre faço todos os anos. Mas, como dizia o nosso Arnaldo Picaretunes (by adivinha, adivinha? puragoiaba), as gentes não quer só comida, as gentes quer comida, diversão e arte e samba, suor e cerveja e samba, suor e ouriço e... complete aí, leitor. Ainda não sei o motivo, mas falar sobre o caso do menino João Hélio me deixa enojada. E viva o Bananão!

4 comentários:

Roger disse...

Seis toneladas de tratados sociológicos, encimados por Sérgio Buarque, Gilberto Freyre et caterva, não conseguem chegar à precisão disso aqui: povinho bunda.

Anônimo disse...

Cadê?

Marie Tourvel disse...

Pois é, Roger, querido, essas gentes bronzeadas mostraram seus valores. Beijos.

Marie Tourvel disse...

Calma, Enio, querido, tô chegando agora da praia, preguiçosa, queimada. Já viu, né? Uma loira queimada é de lascar. Mas já estou escrevendo. Beijos