1/17/2008

Querem lixo? Então toma!

Saiu de casa sem rumo, parou seu carro num beco, esperou em vão pelo afeto, chorou a vida perdida. Levou um feio amuleto, armou uma prece suicida, desistiu dos elos passados, chorou a vida perdida. Bebeu um gole de vinho, pediu um trago de vida, sonhou o sonho vivido, chorou a vida perdida. Ouviu o tema preferido, fechou seus olhos cansados, pensou estar enlouquecido, chorou a vida perdida. Saiu do beco sem rumo, parou num canto escurecido, perdeu o viço do rosto, chorou a vida perdida. Rumou à casa esquecida, parou seu carro distante, abraçou os braços dormidos, voltou à vida perdida.

Encontrei isso numa caixa com um amontoado de papel esquecido. A breguice é de minha autoria. Tudo bem, podem rir. Eu era aborrescente, tá bom? O Bananão livrou-se de um lixo de poetisa. Mas ele não contava com minha astúcia. Virei blogueira e para vingar-me dele, publico a breguice acima.

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