2/13/2008

Marcelo Rabbit: enrabe-se sozinho

Sabe aqueles dias que você está tranqüila, aguardando um telefonema e resolve dar uma lidinha nas notícias do UOL? Pois é, estou fazendo isso neste momento. Aí, vou baixando a barra de rolagem e deparo-me com este texto canalha. O Supernanny já é velho conhecido de todos por seus textos "isentos" e "descompromissados" que escreve na Folha. Mas neste, o fanfarrão se superou. Ele acha que comprar uma tapioca com cartão corporativo é uma bobagem para ter tanta repercussão. É mesmo, Rabbit? Ele tenta contabalançar dizendo que o mensalão sim, era para ter sido investigado decentemente. Sei. Mas investigar os gastinhos com cartões corporativos é pura perda de tempo. No melhor estilo, "deixa o ministro enfiar a tapioca onde quiser", ele simplesmente diz que isso é uma coisa menor. Nas entrelinhas diz que nós devemos mais é sustentar o bando de vagabundos e deixá-los a vontade. É um texto tão petista, que se torna canalha. Do tipo: "Eu sei que o FHCC também gastou, tá bom? Então não venha tentar olhar meu rabo". Como vocês já sabem, sou extremamente mesquinha, pequena, portanto vou querer saber, sim, se a ministra do Turismo, por exemplo, comprou um vibrador na sex shop da Amaral Gurgel. Eu quero saber quanto se pagou pela segurança da famigerada Lurian (ela é a da esquerda, não, acho que é a da direita. Ou seria a do meio? Sei lá qualquer um dos lados serve), aquela bonequinha de lixo. Quero saber qual o motivo de ter uma mesa de sinuca com a toalha rasgada enfiada num ministério. É para quando o Edison Lobão -"peidei, não fui eu, foi só meu filho", estiver estressado e convidar para uma partidinha o Rui Chapéu? Olha aqui, Supernanny bananeiro, se a CPI desembocar num funcionário administrativo e ele for punido, também está valendo. Mas tem um detalhe, descobriremos um amontoado de coisinhas pequenas e também grandinhas. Pode não dar em nada, como sabemos que não vai dar, mas eu quero saber para onde vai meu dinheiro de impostos. Posso, Rabbit? Você deixa?

Atualização em 16/02/2008: Chega de amadorismo, né, Marie? Quando a gente fala com profissionais, a gente vê que o buraco é mais embaixo. Se você teve preguiça de clicar em "texto canalha", vou dizer o nome do colunista da Folha de São Paulo em letras garrafais: MARCELO COELHO. O nome dele é Marcelo Coelho.

2 comentários:

Roger disse...

Quando imprensa e política se unem, a gente sabe o resultado. Eles tentam matar no cansaço. E são hábeis nisso.
Mas fugindo desse assunto, mas não muito: ontem vi um engravatado de Brasília (cehguei depois da legenda com seu nome) dizendo que está certo a nova norma que isenta o político de responder por crimes cometidos antes de seu mandato. Ele arremata a entrevista com o já velho (lembram do mensalão?) "a urna absolve". Ele diz que ser eleito é o equivalente a ser absolvido em um tribunal.
E aí, não cansa isso?

Marie Tourvel disse...

E como cansa, Roger. Como essa corja acha que o Efelentífimo foi "absolvido" pelas urnas, então tudo vira "Brasil". Dá nojo tudo isso.