3/28/2008

Dos dias de luta. Dia triste.

Num dia especialmente ruim para mim - tá bom, já sei que vocês não querem nem saber de minhas mazelas, em que tive na madrugada até um vexaminoso ataque de sonambulismo (sim, sou sonâmbula desde criancinha e já fiz muita coisa doida por conta disso. Um dia eu conto, ou não), o arremate não podia ser pior. Já faz um tempo que não assito à televisão. O único programa que ainda me move a pegar o controle remoto é o Manhattan. Mas o fato é que hoje deu tudo tão errado, mas tão errado que resolvi ligar o power no controle. Estava na Grobo, Jornal Nacional. A leitora de teleprompter Fátima Bernardes (pouco importa que a foto é da outra. Afinal, não passam de duas leitoras de teleprompter), dando a notícia do Rio de Janeiro dizendo que teve uma homenagem a Edson Luís, aquele, sabem? estudante que morreu na ditadura militar há tantos anos atrás. Aí foram para a reportagem. Ouvi a repórter Sandra Moreyra - sim, ela conserva o ípisolon, dizer que os estudantes fizeram manifestações no centro do Rio com palavras de ordem, cobrando saúde, educação, essas coisas que a gente está careca de saber. Ela disse que agora, modernizados, eles faziam o barulho ao som de um funk genuinamente carioca. Ela enalteceu em seu discursinho a força das manifestações estudantis com aquela voz com sotaque carioca meio que embargada. Nojo. Senti nojo. O que aquela cambada idiota está fazendo? Protestando contra o quê? Se UNE, UMES e o escambau a quatro apóiam essa porcaria de governo que aí está, com braço-direito de ministra guerrilheira fabricando dossiês, os escândalos das teles tão bem relatados por Janaína Leite e Diogo Mainardi, vergonha na CPI dos cartões, Silvinho Land Rover Pereira recusando-se a prestar serviços comunitários -como se isso fosse resolver seu problema cleptomaníaco, a maioria esmagadora que temos nas redações de jornais, revistas e televisões sendo chapa-branca, o Efelentífimo enaltecendo Chávez para ver se cola o terceiro mandato, José Dirceu mandando e desmandando nesse mesmo governo, etc, etc, etc...; pergunto eu, com meu sotaque paulistano/italianês enjoado: que catzo, vocês estão reclamando? Vão lamber as botas do Efê e seus asseclas, não encham nossos ouvidos com tanta idiotice. Mas o que deveriam mesmo fazer é estudar. Mas cuidado com seus professores. Tem tanto professor lulopetista nas escolas e universidades que já virou uma piada conservá-los por lá. Portanto, estudantes idiotizados, vão ler. Quem sabe aprendem algo. Mas não vão ler Focault logo de cara, não, senão idiotiza ainda mais. Leiam Montaigne. Isso, Montaigne. Leiam Flaubert. Se não entenderem, prometo explicar tudo direitinho. Mas vão ler, vão esfregar na cara de professores cretinos, políticos indecentes e jornalistas desgraçadamente adesistas que vocês podem raciocinar por conta própria. Sabe aquela frase de criancinha: "se vesti sozinho?" Pois é, pois é, que digam: "Pensei sozinho".

E chega, tá? E agora, para arrematar meu dia tétrico, um amontoado de gentes está me chamando para conversar. Gentes que nem sabem que tenho um blogue, gentes que sabem que tenho o blogue, gentes adoráveis que sei que me amam. Mas falta uma "gente". Então, completo este post com uma música meio tristinha, porém (ai, porém), eu, apaixonada, sempre apaixonada. E bobinha. E tola. E... podem completar com o adjetivo que quiserem. Quem se importa?

4 comentários:

Alexandre, The Great disse...

EU... eu me importo com você!
E o adjetivo é ADORÁVEL!

Ler? Será que sabem? Espero que sim, mas que não leiam não só Michel Focault, como também Wanderley Guilherme dos Santos ou DaMatta. Aliás nossas UNIs estão cheias deste "entulho"; vai ser muito difícil acabar com ele.
Só não adianta fazer o que o "outro" recomendou: "diante de um monte de entulho lhe perguntaram - o que fazer? Irredutível e resoluto, respondeu - 'Cavem um buraco e enterrem tudo'.

Um beijo,

Marie Tourvel disse...

Ei, Alex, querido. Que bom que você se importa. Estou escrevendo essa resposta ao seu comentário com lágrimas nos olhos, viu? Sim, estou triste hoje, mas também emocionada por suas palavras. Um grande beijo

Alexandre, The Great disse...

Com lágrimas nos olhos???
Por quê?

Onde fica Birigui? Calma... já estou indo!

Marie Tourvel disse...

Birigui é o Bananão inteiro. Espero por você... Beijos, querido