3/07/2008

Saudades da letargia

Acabo de chegar de uma despedida. Um grande amigo, que me chefiava na antiga empresa na qual eu trabalhava, foi transferido para o Rio de Janeiro. A equipe que ele comandava resolveu fazer um happy hour e me convidou, já que são todos meus amigos. Rimos tanto lembrando de nossos tempos de manivela. Teve uma época que tudo era feito via fax e a gente se divertia muito mais. Quando informatizou, virou uma chatice só. Fui me estressando até pedir pra sair. Foi nesta época que hibernei, que alienei. Precisava ganhar dinheiro, então me desliguei de tudo e foquei em meu trabalho. Hoje, relembrando nossas aventuras, apesar de todos dizerem que estou ótima e mais bonita, senti saudades daquela época. Saudades das pessoas. Meu trabalho era na área comercial. Visitava os clientes e era divertidíssimo. Entrava em um, se a conversa ficava chata, já saía e pulava para outro, até encontrar algum para dar risada. Chegava em minha casa, passava via fax os contratos e no dia seguinte seguia novamente para as visitas divertidas. Quando estressava, saía do ar, ia pra casa ou passeava por algum lugar bacana. Quando informatizaram, veio a chateação. Passava o tempo inteiro em frente à tela do computador. Nada de visitas. Ficou sem graça. Nesta época comecei a reler um amontoado de coisas que tinha deixado para trás. Foi bom? Sim, claro. Mas hoje com meus amigos cheguei a me perguntar se eu devia ter desistido. Logo veio em minha mente meu estresse. Acho que senti saudade das pessoas, da diversão. Apesar de ter revisto meus amigos, fiquei um pouco melancólica, achando que certas coisas simplesmente não acontecerão pra mim. Sou assim mesmo. Quem leu o meu post número 1, sabe que sou meio inconstante. Amanhã passa.

6 comentários:

Alexandre, The Great disse...

Hummm... que confissão interessante!
Eu resolvi "chutar o balde" em 2004, desde então tento realizar aquilo que sempre prometi a mim mesmo que faria no meu 1º dia de aposentado: botar uma mochila nas costas e rodar o Mundo.
Já tenho a mochila...

Beijo,

Marie Tourvel disse...

Se quiser acompanhante, Alex, tenho mais uma mochila. Duas é sempre melhor que uma, não é? Beijos, querido.

Anônimo disse...

Marie querida,
são 4 e meia da matina.
Ah! esta insônia acesa :-o(
Meu anjo, fique tranqüila, eu adoro o Ruy e ele é mesmo tudo o que você diz. E mais ainda se for possível. Sempre é.
Estou mesmo chumbada, (que expressão elegante , não?)
então depois conversaremos, OK?
Eu gosto muito, mas muito de você. Não sei o que isso vale, talvez nadinha de nada, mas fica logo dito e sabido.

Agora vou lhe dizer uma coisa, confissão aberta: eu adoraria ter a desenvoltura com que vc escreve.
E nossos gostos e admirações dizem menos dos admirados do que de nós mesmos, narram e expressam muito mais de nós mesmos.

Quanto à vida, minha querida, não se deixe levar pelo "ah! o que teria sido e não foi". Tenho tido alguns reveses (não sei se é com ou z) e é difícil, mas a gente sempre ganha impulso depois.
beijo pra vc e preciso deixar um beijo lá pro Ruy.

Obrigada por tudo, sim Marie?
E olha, keep up with the excellent job.
Você bloga bem pra dedéu. (gíria novíssima que acabei de inventar.)
Não meça minha admiração pela quantidade de visitas, por favor.
Um beijo
Meglyn;-)

Por favor, tome conta lá do SR, OK? Vc , a Rose, a Ana...et alia;-)
Vou ver se consigo dormir agora.

Marie Tourvel disse...

Meg, Meglyn, você é uma querida mesmo. Não se incomode com a elegância de sua expressão, pois ontem eu estava chumbada também. Hoje acordei um pouco melhor. Agora quando abro a caixa de comentários, deparo com o seu maravilhoso. "Deschumbei" na hora, pode acreditar.
Eu gosto muito de você, também, querida. Claro que vale, e muito o fato de gostar de mim. Sempre me dando força quando estou caindo. Com relação ao Ruy, o admiro mesmo. Sou uma tiete -dele e do seu alter ego. Mas acho que nem todos entendem. Me tiraram de "Tom Cavalcante" dos blogues. Bobagem. Este espaço mequetrefe começou como uma homenagem a ele, sim. Quisera eu ter a objetividade e inteligência do moço. Sou uma prolixa chata. Acredito que agora este espaço tenha adquirido uma personalidade, justamente por falar mais de mim. Blogue nada mais é que um diarinho, não é mesmo?
Você falar em desenvoltura para escrever, Meglyn? Você é "a" maravilhosa. (Já estou até vendo anônimos (as) escrevendo por aqui que estou te puxando o saco. Se querem chamar admiração de puxação de saco, que chamem, tô aí pra isso).
A vida sempre nos alerta nas reviralvoltas: "Ei, tá pensando que o mundo é pink? Nananinanina". Eu que lhe agradeço por tudo, querida. Visite quando quiser. Mi casa, su casa. E pode deixar, Meglyn. Vamos cuidar muito bem daquele espaço gostoso que é o SR. E quando precisar de algo, já sabe, conte comigo sempre. Ih, que isso aqui virou um post, né não?:) Beijos

Alexandre, The Great disse...

Que tentação...
É vero?

Marie Tourvel disse...

Claro que é vero. E eu lá sou mulher de mentir, Alex? Vivi três anos como mochileira -chique, mas ainda assim, mochileira, pela Europa. E foi a melhor época de minha vida. Se quiser companhia, vambora. Beijos