3/31/2008

Terra de cafajestes

Li um post do Antonio Fernando Borges hoje que vale a pena vocês darem uma lida antes de começarem a ler minhas digressões por aqui.

Feito isso, escreverei um pouco sobre o assunto. Eu jamais considerei o mundo blogueiro um eterno livro de Lewis Carroll, mas não considerava que iria me deparar com um mundo tão... Jece Valadão. Sim, recebo comentários "gentilíssimos" que teria absoluta vergonha de publicar. Edificante, não é mesmo? Taí um pessoal educado. Bem, sendo assim começo a entender uma série de coisas. Que estamos vivendo num mundinho bananeiro esquerdista, disto, acredito, ninguém tem dúvida. Que já estamos num sistema totalitário, onde algumas posições são vistas como da direita reacionária, idem. Mas querer vilipendiar meus pensamentos, já é demais. Disse certa vez neste blogue e repito, a mim, ninguém comanda. É abusar demais de nossa boa vontade chamar esta mulher -chamá-la de mulher, fico ofendida, prefiro esta "espécime", de presidente. Falam tanto nesse Sérgio Cabral... Nunca me enganei com ele. Mesmo sabendo de toda lama em que o governo do PeTê se metia, se apoiou no Efelentífimo para se eleger governador do Rio de Janeiro. A partir daí, se eu já não tinha muito, perdeu totalmente meu respeito. Assim como se Fernando Gabeira aceitar o apoio do Efê. Caso contrário fica em minha cabeça aquela frase daquele ator imbecil que se acha galã: "Para atingir os objetivos precisamos colocar a mão na merda". Coloque você, coloquem vocês, apoiadores e bestas-feras do lulopetismo. Eu não. Eu gosto de um bom sabonete Loccitane. Sim, além de direitista reacionária, sou chique. Claro que esses esquerdistas são bem mais chiques que eu, já que o stalinismo doente deles prevê enfiar a mão na merda e enfiar tudo no próprio bolso. Sinceramente, jamais os vi como ideológicos. Uma bravata atrás da outra, um roubo atrás do outro e tudo com o melhor vinho à mesa. E tudo com dinheiro público. Olha, Dona Estela, não precisa depor em CPI, não. Mais ou menos 40 milhões de gentes sabem que não devem respeitá-la. Pra mim basta, já que no Bananão não tem luz no fim do túnel, não. Tem é um baita buracão psicodélico em que você vai caindo, caindo... achando sempre que é luz e sempre descobre que não passa de uma mágica de quinta do Mister M.

Não sabem quem é Dona Estela? Procurem no google. Encontrarão por lá sobre guerrilheiros e assaltantes a bancos que por obra e graça do PeTê e, claro, 60% desse povo malemolente desta terra, é ministra e não larga o osso. Quer virar presidente. Ora, ora, ora...

10 comentários:

Anônimo disse...

Estamos aguentando cada absurdo neste país, não?
Também sou leitora assídua do blog do Reinaldo e vim até aqui pra visitar você.
um beijo

Marie Tourvel disse...

Ei, Rose, querida, que bom que veio por aqui. Venha sempre, viu? Você sabe que desde ontem não entrava no blogue do Reinaldão. Escrevi este post e fui pra lá. Li aquele editorial e descobri que eu, ele, o Diogo, você e todos os leitores daquele blogue, somos todos uns "direitistas reacionários". Que bom, né? Beijo pra você e volte sempre.

Anônimo disse...

Obrigada!! Ainda bem que a gente sempre encontra pessoas do bem do nosso lado, né?
Quando quiseres me visita lá no blog, ok?

beijo

Marie Tourvel disse...

Já visitei e já comentei. Beijos, querida

Alexandre, The Great disse...

Hehehe... dose certa de fina ironia e fel.
Gostei, Marie!

Marie Tourvel disse...

Você é muito generoso, isso sim, Alex. Beijos, querido

Anônimo disse...

marie tourvel:

Os reacionarios que somos estamos em boa companhia. Penso iniciar minha lista com alguem que me honrou com a oferta de uma copia de um livro seu, e por cima ainda autografou e datou sua dedicatoria. A data? 4-4-73. O autor, um dos maiores reacionarios brasileiros. Gustavo Corcao. Os pequenos reacionarios como eu, andavamos rente `a parede, esgueirando-nos. Era o Corcao quem nos puxava pela gravata (naqueles tempos ate' um jovem como eu usava gravata, em pleno Rio de Janeiro) e nos arrastava de volta para o meio da calzada.

Corcao, O reacionario. Como observou Nelson Rodrigues, o segundo reacionario da minha lista, Corcao era uma pessoa marcada pelo espanto da morte.

Como esquecer a cronica que ele escreveu quando um automovel em disparada, arremeteu sobre um poste, e Regina Maria foi riscada dos mapas da atualidade. Corcao, que sempre considerou o riso social e publico, enquanto a lagrima e' escondida e secreta, nesta ocasiao gritou e chorou em publico. Regina Maria fora sua sobrinha, sua filha, sua doce irman e companheira no gosto das letras, sua amiga, graciosa, inquieta, ardente, meio estouvada. A noticia da morte da amada Regina, como um dardo de fogo entrou coruscante no seu mundo. A cronica que escreveu, para se despir e se rasgar em publico, batizou-a singelamente com o nome da sobrinha: "Regina".

Na cronica "A morte de seu Andrade" o reacionario Corcao descreve todo o seu espanto frente `a morte. Leia:

"Voltei-me para me espantar com o que a vida e o tempo fazem de nos. Naquela caricatura de um Gandhi sem a cabra, eu devia crer que ainda vivia o principal do que fora seu Andrade. Acreditava. So' nao lograva compreender a necessidade de tamanha desordem, de tal destruicao para anunciar que estava proximo o voo de uma alma."

Quando o outro portugues, companheiro de quarto de seu Andrade se poe a queixar-se do abandono em que estava aquele pobre homem e do desleixo dos enfermeiros, e quando ia prosseguir, seu Andrade o interrompe. Corcao repete as palavras que nunca mais as esqueceu, estas simples palavras:

-- Homem, nao sejas maldizente. Que mais m'recemos nos? Que mais m'recemos nos?

No dia seguinte morria seu Andrade.

Para encerrar, recomendo, e insisto, que voce abra O Obvio Ululante de Nelson Rodrigues e leia a cronica "Um Corcao jamais suspeitado". Caso vc ja' a tenha lido, releia-a. Como dizia um aluno meu, que tambem era amigo meu e do Corcao: "Como escreve bem esse Corcao."

Perdoe-me por tao longo comentario, de alguem que aqui vem por primeira vez. Mas vc disse "entre e se esparrame"...

Hereticus

PS: Cheguei aqui vindo do blog do Reinaldo Azevedo.

Marie Tourvel disse...

Oi meu querido. Pode mandar comentário longo, não ligo não. Olha vou reler agora o Nelson Rodrigues, viu? Está bem na minha frente o livro. E Corção era do balacobaco, viu? Que maravilhoso ter um livro dele, hein? Adorei sua visita e volte sempre com comentário longo, curto ou mais ou menos. Beijos, querido

Léo Mariano disse...

olá Marie.

Eu não sou de esquerda, mas também não sou de direita. Concordo com uma coisa ali, outra acolá, e assim vou indo.

Agora, o que não concordo, de jeito nenhum, são esses ataques de comentarista babão,e pior, normalmente anônimo.

Fanatismo me causa irca!! São sujeitos rasos,vulgares e sem nenhum senso de humor. E isto acontece de todos os lados.

Leio blogs de pessoas educadas e pluralistas que se auto-intitulam de esquerda e que também são covardemente atacadas.
É irritante, o fanatismo, de qualquer lado, é simplesmente nojento. não se discute idéias, se ataca pessoas.

Espero que nunca aconteça, mas caso um dia você sofrer com qualquer ataque, já conta com minha solidariedade de pronto.

Afinal , gostamos ou não gostamos do Voltaire.;D!

abs

Marie Tourvel disse...

Ei, meu queridíssimo Leo, adoramos Voltaire, não é mesmo? E concordo com que escreveu, viu? Existem idiotas dos dois lados mesmo. Civilização passa longe. Obrigada por sua solidariedade. Sei que posso contar com você. Beijinhos