6/10/2008

Ditos e Desditos


"Essa revista é muito boa, muito boa, oi... Eu não li ainda e nem poderei ir ao lançamento, já que estou tão longe, mas a Íris já leu e disse que é muito boa, muito boa, oi... Tem o meu teatcher AFB, tem a minha entidade preferida Ruy Goiaba, tem Ortega y Gasset, oi, tem Bruno Tolentino, oi... Uma oportunidade para ver de perto a nata da intlequitualidade reaça, oi... porque a intelequitualidade (hahaha) esquerdopata só se for em jaulas, oi... Hoje às 19hs na Livraria Cultura da Avenida Paulista em São Paulo. Aguardemmmm"

Estivesse eu pela minha cidade, iria. Nem que fosse para pegar um autógrafo do Goiaba, Ruy. E do Martim Vasques da Cunha, né? Meu alter-ego teria o melhor momento Marie. Martim, parabéns, viu? Sorte a todos.

4 comentários:

William Campos da Cruz disse...

Estarei lá. Comprometo-me a contar tudo. Pra vc e pro Bruno!

Bjs!

Marie Tourvel disse...

Meu querido, promete mesmo? Estou muito longe, viu? Avisa o Antônio, tá? Se tudo der certo dia 21 (última aula), estarei por lá, tá? E me conta tudo. Estou sem tempo até de entrar no messenger. Beijos, querido

William Campos da Cruz disse...

Você se importa se eu postar aqui o mesmo que postei como comentário lá no Bruno? É que o que tenho a dizer é mais ou menos a mesma coisa. Aviso o Antonio, sim! Mas dia 21 sou eu que tenho compromisso e vou me ausentar! Uma pena! Depois falamos sobre isso. Vamos aos ditos e desditos!

***

Cheguei há pouco do coquetel de lançamento de Dicta & Contradicta. Como a distância da livraria Cultura até a minha casa é grande, pude voltar já lendo a última aula do Bruno Tolentino durante o trajeto. Foi uma espécie de êxtase: à medida em que ele falava (e a edição foi muito feliz, quase ouvimos a voz dele!), o próprio silêncio de que o texto tratava ia se instaurando. Fiquei de tal modo absorvido pela leitura que mal me dei conta do percurso!

Mas essas ainda são impressões subjetivas demais. Comento outra coisa mais palpável. Olavo de Carvalho já há tempos vem falando da necessidade de formar uma elite intelectual no Brasil para que esta possa disseminar a cultura em círculos concêntricos. O que pude observar lá, com uma pitadinha de inveja, confesso, foi justamente isso! Aquele pessoal já começa a dar os primeiros sinais de que esse conhecimento que permaneceu durante algum tempo num círculo bastante restrito começa a se irradiar. E o que mais me chamou atenção foi a quantidade de jovens que ali se encontrava. Não eram senhorezinhos caquéticos, nostálgicos de tempos passados, mas, sim, gente da minha geração, em cujos olhos pulsava entusiasmo. Sim, meu caro, fiquei feliz por estar ali. Um tanto deslocado, é fato, um tanto deslumbrado em meu provincianismo, mas ainda assim feliz!

Só lamento o fato de, ao contrário do que imaginei, não ter havido uma apresentação oral da revista. Ninguém se pronunciou. Mas as condições eram as mais adequadas mesmo. Seja como for, isto é o que tinha a dizer!

Marie Tourvel disse...

Ei, querido, claro que não me importo de publicar a mesma resposta, já que essa sua resposta está completíssima e muito bem elaborada. Que vontade que me deu de estar por lá. Estou louca para ler a aula do Tolentino. Não sintas inveja, pois é um deles, meu caro. Já disse a você isso. E tenho certeza que vai escrever num dos números da dicta porque você é bom demais e esta sua impressão do que realmente está acontecendo no meio é uma prova disso. Não tenha medo de ser provinciano, eu também sou, mas claro que não chego nem perto de sua inteligência e desenvoltura para escrever. Esses meninos ficam envergonhados quando têm que falar em público, talvez por isso não teve apresentação oral. Isso você pode mudar, querido. Acredito em você. Olha, sua impressão exposta desse jeito me levou para a Livraria Cultura. Fecho os olhos e é como se estivesse por lá ao seu lado, viu? Muito, muito obrigada, William. Estou longe, volto logo, mas de verdade espero encontrá-lo mesmo que não seja na aula do dia 21. Obrigada por tudo. Pela sua resposta e por seu carinho. Um grande beijo.