6/04/2008

Tudo passa. Só eu que passarinho...

Um belo dia, entrei em um lugar festa estranha com gente esquisita por aqui no mundinho internético, fiquei conhecendo um lugar aprazível, aconchegante e que durante um período tornou-se minha casa no estilo: mi casa, su casa. Depois, como tudo na vida, passou, acabou e em breve será vestígio de fumaça, um triste vestígio. Mas conheci naquele lugar agradável um poema de Bruno Tolentino, o maravilhoso, que ainda não conhecia por absoluta bobeira de minha parte:

In Passin

Tudo vai-se acabando, tudo passa
do que é ao que era. É tudo mais
ou menos uns vestígios de fumaça
no espaço do que deixas para trás.

E tudo o que deixaste ou deixarás
de manso ou de repente, sem que faça
diferença nenhuma no fugaz,
é assim como a garoa na vidraça:

intimações de lágrima delida.
Não valeu chorar nada.
Nem te atrevasa lamentar-te à porta da saída,

pois pouco importa a vida como a levas,
que ela te leva a ti, de despedida
em despedida, a uma lição de trevas.

E Bruno Tolentino, o maravilhoso, dizia: “não basta saber o que é bom, mas por que é bom”.
E Pound definia poesia assim: “linguagem carregada de significado”
E tudo passa, só eu que passarinho. Frágil como um passarinho que sou, fecho os olhos e não sinto mais nada. E nem sorrio mais o meu sorriso bizarro.

Adendo: Amanhã, sim, Rio. Quincas, me aguarde. Alex? Borba, estarei por aí, hein? Mas nada de anjo me acompanhando. Não tenho mais anjo nenhum, nem emprestado. Ninguém me empresta um anjo mais...

21 comentários:

Shirley disse...

Manazinha, deixe disso, a senhora está INTIMADA a postar o sorrisão mariesco nada bizarro poraqui, e acompanhá-lo em presença, ok? Vá, trabalhe, mas VOLTE!!!
Bjo! :-D

Léo Mariano disse...

olá Marie.

Conheço a obra do Bruno Tolentino de pouco, e bem, que domínio e que beleza. Pena ter ido tão cedo.

Não sou religioso, mas quando pesoas boas e novas vão cedo, me lembro de um velho ditado:

" Deus quer por perto por ele ser muito bom"

só assim pra sossegar um pouco!

abs

Rodrigo Rover disse...

Eita q a bagaça tá chique: Tolentino, Pound, Auden, música italiana... dá-lhe Marie!

Só parece estar meio fula de la vida... q passa?

Marie Tourvel disse...

Vá, mas volte. Música que a Ângela Maria cantava -aquele vozeirão cafona. hahahahah. Eu volto, ShicaMaria, se não tiver nenhuma bala juquinha perdida no Rio. hahahahaha. Imagine meu sorriso pra você. Quando você vem por aqui, sempre tenho vontade de sorrir, viu, amiga? Beijos.

Marie Tourvel disse...

É verdade, né, Leo? Eu sinto tanto a morte do Bruno, viu? Era um talento. A obra dele fica, ainda bem. Um grande beijo pra você.

Marie Tourvel disse...

Ai que saudades do Rover!!!! Sabe que não estou fula da vida, não, querido? Só estou meio que anestesiada. Só me sinto uma sorvetona na testa. Mas eu passarinho, né? E você, hein? Tá tudo bem? Vê se não some, tá? Adoro ver você por aqui. Beijos.

Filipe de Santa Maria disse...

É aí dona! As coisas passam e, por hora, nós ficamos..
Lembro de ter visto este poema em outro lugar internético agradável (como este aqui!), mas ainda não tomei vergonha na cara pra comprar A Balada do Cárcere ou A Imitação do Amanhecer!
Vc vai pro Rio, mas o pessoal do Monty Python fica. Boa viagem! Bjos

Marie Tourvel disse...

Oi querido, como estou feliz que veio me visitar. Fazia tempo, né? Tava com saudades. Sabia que ia lembrar do lugar internético que nós dois vimos essa beleza. Eu já comprei e li. Lindo, lindo. Ainda bem que o Monty Python fica, né? Eles são bons demais. "Brigada", viu? Um grande beijo pra você, querido.

A. disse...

Fica aí, euro-carioca. Ou melhor, aqui. Pode render tristezas, mas ainda dará muita alegria. Prometo!

A. disse...

Ademais, com quem eu vou fazer as constantes piadas internas? Com algum bicho de goiaba por aí? Ah não!

William Campos da Cruz disse...

Você volta a tempo de ir para a aula de sábado? Avisei pra ele que você não pôde ir. Nem comentei como foi a aula, né?
Xi... só fiz meio serviço!
Vou para a faculdade e na volta escrevo a respeito...

Anônimo disse...

Olá Marie,

É um poema lindo, não conhecia. Vou guardar.
Leva um beijo meu para o Rio. Quem dera poder ficar mais por Lá.
Beijo.

:)

Marie Tourvel disse...

O poema é lindo mesmo. Mas fui pro Rio às 7 da matina e retornei agora. Deu tudo errado por lá. E o que é pior, não vi meus amigos e só funi na parte feia de lá. Carambolas, viu? Obrigada por vir aqui, viu? Beijos

Marie Tourvel disse...

Querida Anna, ficarei por aqui, sim, mas você vê? Só fui na parte feia do Rio e ainda por cima fiquei sem ver meus amiguinhos. Mas tudo bem, nossas piadas internas estão garantidas... Beijos.

Marie Tourvel disse...

Voltei do Rio, querido, mas temo não poder ir no próximo sábado também. Tenho muito trabalho, já que não estarei por aqui na próxima semana. Sinto tanto perder as aulas, mas... Na volta de sua aula, me escreve, tá? Você é um querido. Beijos.

Anônimo disse...

Marie,

Também fui. Não vi nenhum amigo (a). Vi um show. Voltei na madrugada. Mais estrada.
Carambolas, não vi. Carambolas, cai no samba e não me "amolas". rs
Eu volto... Per amore.
Beijos.
:)

Marie Tourvel disse...

Ei, sabesselá, então fostes também? Mas não foi para onde eu fui, garanto... Per amore... Não fala dessa música brega, se não começo a chorar tudo de novo, carambolas! Um beijo

Anônimo disse...

Menina!!!! Você está sem anjo? Eu também...

Marie Tourvel disse...

Pois é Vitor, ninguém me empresta um anjinho sequer. Nós somos os sem-anjo. Queremos nossa cota de Cosme e Damião. Um grande beijo.

Anônimo disse...

"Pois é Vitor, ninguém me empresta um anjinho sequer. Nós somos os sem-anjo. Queremos nossa cota de Cosme e Damião. Um grande beijo."

PODEMOS NOS EMPRESTAR Marie!
Um beijo enorme pra você também, querida!

Marie Tourvel disse...

Duas e meia da matina por aqui, Vitor. Obrigada por me emprestar seu anjo, viu? Beijos