7/20/2008

Sessão de Gala

Música:

Michel Legrand - Summer of´42


Já contei aqui no blogue que este filme, Summer of´42, foi um dos que mais me marcou a adolescência. Para quem não se lembra -ou não leu, assiti ao filme na Sessão de Gala que passava às sextas-feiras na Grobo (anos 80, meus queridos, não dêem risadas tão altas, pois os vizinhos podem acordar. Papai teve que se desdobrar para achar um bolachão do Michel Legrand. Eu queria porque queria). A estréia da Sessão de Gala às sextas foi com ele. E a música-tema do filme virou tema da Sessão. De tão linda que é a música, de tão delicado que é o filme. A cena é silenciosa e poética. Para quem não assistiu ao filme, mando um resuminho chinfrim, só para entenderem a cena: No verão de 1942, três amigos, Hermie, Oscy e Benjie, vão passar as férias com seus pais numa pequena ilha da Nova Inglaterra. Assim como qualquer adolescente na faixa dos 15 anos, os três estão começando a descobrir sua sexualidade. Mas cada um deles tem uma visão diferente sobre a tão aguardada primeira vez. No vilarejo em que se encontram, os jovens freqüentam a praia durante o dia e, à noite, vão ao cinema. Numa casa afastada, encontra-se Dorothy, uma jovem e bela mulher de vinte e poucos anos, recém-casada com um militar que aguarda, a qualquer instante, o momento de ter que partir para o front europeu da 2ª Guerra Mundial. Embora seja bem mais moço, Hermie apaixona-se por ela e passa diariamente a observar de longe a casa em que o casal se encontra. Dias depois, ele assiste à partida do militar, aumentando seus desejos em relação à Dorothy. Ele faz amizade com Dorothy e a ajuda em tarefas domésticas. Ela cria uma afeição por ele. Certo dia, ao bater à porta dela, ele ouve o som de uma vitrola, mas ninguém o atende. Como a porta não se acha trancada, ele entra na sala de estar, que se encontra vazia, desliga a vitrola, e sobre uma pequena mesa, encontra uma garrafa de whisky vazia e um telegrama informando que o marido de Dorothy fora morto em combate na França.
Logo depois, ela chega à sala, religa a vitrola e, sem dizer uma única palavra, como se achasse em estado de choque, abraça-o. Ambos com os olhos cheios de lágrimas, começam a dançar lentamente em silêncio. Ela o leva até o quarto, onde finalmente Hermie tem sua tão esperada primeira vez. O jovem deixa o local. Depois disso, Dorothy vai embora e Hermie nunca mais a vê.

Cena:

8 comentários:

Anônimo disse...

e ninguém foi mais bonita do q jennifer o'neill nos 70s, bonjour marie

Marie Tourvel disse...

Nem mais bonita e nem mais chique, Quincas. ;) Bonjour, querido e um beijo.

Alma disse...

Eu adoro todas as musiquinhas que vc põe aqui! Adoro!
Beijos

Marie Tourvel disse...

E você é um querido. Um querido! Adoro quando vem me visitar. Beijos

Anônimo disse...

Aloha Marie!
Quase todas as "sessões" da grobo começaram com "Houve uma vez um verão". Domingo Maior, Corujão, Sessão de Gala, a sessão com legendas, virava o tema e depois de algum tempo alguém lembrava que ia criar uma "sessão" nova, então mudava o tema para poder usar este na nova.
O filme é lindo.
Jeniffer mais linda ainda.
Um pouco menos charmosa, mas tão linda, talvez mais do que Audrey.
A estória perfeita para a trilha sonora, a trilha perfeita para a estória.
Obrigado, abraço apertado e
Aloha!

Léo Mariano disse...

oi Marie.

Se não me engano, essa história é baseada em um fato real. Agora não sei se foi o diretor ou escritor que viveu essa história. Me parece que eles chegaram a se encontrar de novo, muitos anos depois, uma única vez, depois ela sumiu do mapa de novo e eles nunca mais se viram.

Como se vê um comentário cheio de dúvidas. aiaiaia

abs

Marie Tourvel disse...

É mesmo, né, Luís? Este filme é tudo de bom. A música é tudo de bom. As "sessões" é que estão ficando fracas. Eles só tascam filmes do Chuck Norris, agora.
De nada, querido. ;) Um outro abraço apertado pra você e mais um beijinho.

Marie Tourvel disse...

Oi, Leo, dizem que é a história do roteirista do filme, Herman Raucher, e não do diretor, Robert Mulligan. Diz a "lenda", que logo após o filme ser exibido a verdadeira Dorothy escreveu uma carta para ele contando que se casou e teve filhos e depois nunca mais se falaram.
Adorei seu comentário cheio de dúvidas, querido. Um beijo.