7/31/2008

Should I Stay Or Should I Go?




Sei lá que eu se vou ou se fico. Estou morrendo de medo. Meu Rubens de Falco delega-me funções com esse olhar aí ao lado -tá, um olhar mais doce que esse, mais terno, mais carinhoso, mais amigo, mais fraterno. Eu confesso. Morro de medo de mudanças por menor que ela seja. Sei que em pouco tempo me adapto e tal, mas morro de medo, essa é a verdade. Da mulher que dava de ombros para um monte de coisas, com o tempo e mais acontecimentos que não vem ao caso relatar virei uma insegura desgraçada. Acho sempre que vou decepcionar, que vou fazer coisa errada. Eu acho que ele me superestima, assim como um monte de gente me superestima. E acho também que eu me subestimo. Taí, estou na média. Sou medíocre. E os medíocres se perguntam sempre, Should I stay or should I go?
E lê uma poesia. E chora. E ri.

Vita Nuova

I stood by the unvintageable sea
Till the wet waves drenched face and hair with spray,
The long red fires of the dying day
Burned in the west; the wind piped drearily;

And to the land the clamorous gulls did flee:
"Alas!" I cried, "my life is full of pain,
And who can garner fruit or golden grain,
From these waste fields which travail ceaselessly!

"My nets gaped wide with many a break and flaw
Into the sea, and waited for the end.

When lo! a sudden glory! and I saw
The argent splendour of white limbs ascend,
And in that joy forgot my tortured past.

Oh! Wilde, my Wilde

8 comentários:

Anônimo disse...

Aprenda a cultivar a insegurança. Segurança demais vira arrogância sem a gente nem perceber. Uma dose de insegurança é coisa saudável! Desde que não paralise, bien sûr. Mas como eu sei que pra te paralisar precisa mais que isso, vai lá, empacota tua insegurança na mesma trouxinha que a competência e manda ver.
In bocca al lupo!

Marie Tourvel disse...

Eu tinha certeza que viria a palavra sábia da Anna (além de chique e esnobe, claro). Querida, muito obrigada por tudo. Com amigas como você sinto-me bem melhor. Não ficarei paralisada, não. Um grande beijo.

Anônimo disse...

Oi Marie, tá pronta?

Vai dar tudo certo... você vai ver. Prova que você vale o trabalho que dá... rs...
"Should I stay or should I go?"... gosto demais dessa música.

Beijo!
:)

Marie Tourvel disse...

Ei, sabesselá, sempre com palavras boas. É sempre uma alegria pra mim quando vem por aqui. Bora, né? Fazer o quê? :)
Eu amo essa música. Amo Clash.
Beijos.

Filipe de Santa Maria disse...

Esta insegurança é um pé no saco, não acha? Eu sempre fui assim. Não gosto da pressão da espectativa dos outros. Mas fazer o que? Como disse a Anna, um pouco as vezes faz bem. E que venham os próximo desafios. Boa sorte, Marie. Um grande beijo!

Marie Tourvel disse...

Olá, Philippe, querido. Mas você ainda tem todo direito de ser inseguro, vai passar logo, logo. Pra mim aconteceu o contrário. Eu sempre fui muito segura -tá bom, era só um pouquinho insegura. O tempo que deveria me amadurecer e me deixar mais firme, me deixou uma fracote. :) Mas, vá lá, uma fracote feliz, afinal de contas, tenho amigos como você. E verdadeira amizade pra mim não tem preço, feito o "Credicarde". Um grande beijo pra você também.

Alma disse...

Go Marie Go!!!

Marie Tourvel disse...

Vou, Fernando, querido, vou sim. Bom vê-lo por aqui, viu? Um grande beijo.