1/24/2009

I think I made you up inside my head

Sylvia Plath não é das minhas poetas preferidas. Tem que se tomar cuidado para lê-la. Principalmente numa fase depressiva. Mas eu leio poemas certeiros dela e seu romance semi-autobiográfico "A Redoma De Vidro" é bom e recomendo, sim. Quando digo que não é das minhas preferidas quero dizer que não leio toda hora assim como faço com Baudelaire, por exemplo. Com Yeats, outro exemplo. Com Eliot, mais um exemplo... chega de exemplos. Mas na fase em que estou, leio todos estes e leio Sylvia Plath. Ela lutou contra sua depressão e perdeu. Ou ganhou. É, acho que ganhou. Fiquem com minha declamação tosca de seu poema "Canção De Amor Da Jovem Louca" e em seguida sigam a bolinha no poema escrito em seu original.



Mad Girl´s Love Song

I shut my eyes and all the world drops dead;
I lift my lids and all is born again.
(I think I made you up inside my head.)

The stars go waltzing out in blue and red,
And arbitrary blackness gallops in:
I shut my eyes and all the world drops dead.

I dreamed that you bewitched me into bed
And sung me moon-struck, kissed me quite insane.
(I think I made you up inside my head.)

God topples from the sky, hell's fires fade:
Exit seraphim and Satan's men:
I shut my eyes and all the world drops dead.

I fancied you'd return the way you said,
But I grow old and I forget your name.
(I think I made you up inside my head.)

I should have loved a thunderbird instead;
At least when spring comes they roar back again.
I shut my eyes and all the world drops dead.
(I think I made you up inside my head.)

Bom sábado a todos -apesar do áudio aí de cima.

6 comentários:

Anônimo disse...

Querida Marie...
Adoro tuas interpretações de poemas!! Parece sempre que vc está entendendo mais do que nós conseguimos ler ou ouvir!!!
Quanta intensidade nesta escorpiana não???? Definitivamente eles sabem bem como morrer e levantar novamente, às vezes até não levantar mais...
Que mente esta que cria coisas tão intensas e depois desiste do que criou??? Às vezes fazemos nossas fantasias se tornarem realidade!!
Você já assistiu o filme “Sylvia”??? Se não, é uma boa pedida pra ver tudo isso mais de perto!!! Entender como é que ela perdeu a alma achando que era tudo culpa dela!!
Grande beijo

Marie Tourvel disse...

Lilian, minha querida, que prazer recebê-la por aqui.E uma honra, também. Obrigada pelo elogio à declamação do poema. Você é muito generosa.
Sylvia Plath era intensa, sim. Tão intensa que não se cabia dentro dela. Não sei exatamente o ponto que começamos a achar que nada vale a pena. O fato é que com o tempo percebemos sem alarde este momento. Queria ao menos ter o talento de Sylvia. :)
Quanto ao filme, assisti, sim. E gostei. Gente como nós sempre acha que perdeu a alma por culpa própria.

Volte sempre que puder, querida. Tem sempre um bom vinho por aqui lhe aguardando. ;)

Beijos!

Anônimo disse...

Bem Querida, falando em talento, então que tal assistir Tinker Bell???
Às vezes nosso talento não é bem aquele que achamos que é...
Bjs

Marie Tourvel disse...

Assistirei, Lili, querida. E tentarei achar algum talento em mim. Se houver algum, deve estar tão bem escondido que não consigo enxergar. ;)

Beijos e obrigada

Anônimo disse...

Flor, que escolha linda.


(o pedaço que vem agora não precisa liberar: pq o áudio está rápido?)

Marie Tourvel disse...

Gostou, Jana? É bonito este da Plath. E tem tudo a ver com o que estou vivendo, afinal.

(liberei o pedaço porque não entendi o motivo do áudio estar rápido. E minha voz está um pouco diferente, também. Vai saber?)

Um beijo, querida.