4/04/2009

Com trilha sonora é mais gostoso, porém (ai porém)...

Hoje contarei uma historinha. Tudo com trilha sonora porque com música é bem mais gostoso. Claro que vocês esperavam uma trilha sonora bacana. Seria legal se fosse um apanhado de jazz finos e elegantes. Ou mesmo de rocks largados e pesados. Poderia ser até de sambas na fina voz de Paulinho da Viola. Mas não. A trilha sonora desta historinha não passa de musiquinhas compostas por um músico com nome de cachorrinho de madame e com sobrenome de cidade litorânea do Estado de São Paulo. Prestem a devida atenção que é quase uma cronologia da quase infeliz trajetória da criatura desta quase fábula.

Tudo começou quando ela quis dar uma guinada em sua vidinha modorrenta. Ela quis se permitir, ela acreditou que a vida seria melhor no futuro:



Aí ela encontrou mais ou menos o que queria, mas não sabia que era aquilo, não. Ela era e é muito confusa. "Ele demonstrou tanto prazer de estar em minha companhia. E eu experimentei uma sensação que até então não conhecia... E ele me faz tão bem.":




"Quis evitar seus olhos, mas não pude reagir... complicação tão fácil de entender." Certo alguém mudou a direção dela. Completamente:




Romântica, muito romântica, embora ela se fazia de durona. E derrotista, sempre pensava: "só falta eu te querer, te ganhar e te perder... Se é loucura, então melhor não ter razão.":




Mas tinha que ter umas brigas para apimentar a situação. E, veja bem, ela não sabia o que sentia exatamente. Uma tapada mesmo. Mas brigavam e voltavam a conversar civilizadamente. "Primeiro era vertigem como em qualquer paixão. Depois era um vício, uma intoxicação... eu tô voltando pra casa outra vez.":



Mas aí teve uma briga que parecia ser definitiva. Ela tentou dizer a ele sobre sua vida e modo de pensar. Mas nem ela sabia ao certo o que sentia e fez uma confusão dos diabos. Ele não entendeu nada, ou entendeu. Vai saber. "Tantas farpas, tantas mentiras... nem sempre é "so easy" se viver":




Ela ainda tentou ser sincera, mas sempre confusa. Ela só alegou sinceridade e disse adorá-lo, só não queria enganá-lo. Mas...:





Aí a imbecil descobriu o quanto o amava. Tarde demais. "Eu te amo calada... Silenciosamente eu te falo com paixão... Tem certas coisas que eu não sei dizer... Cada voz que canta o amor não diz tudo o que quer dizer...":




A nossa heroína tonta sofreu o pão que o diabo amassou. Ele estava irredutível e ela só queria uma chance de olhar nos olhos dele e dizer o que realmente sentia. Mas ele a ignorou, não aceitou seus pedidos de perdão. Aí ela pensou: "Nada do que foi será de novo do jeito que já foi um dia, tudo passa, tudo sempre passará... não adianta fugir nem mentir pra si mesma...":




Aí, tardiamente, veio seu verdadeiro espírito. Volúvel e nem aí com a paçoca. Antes levava 1 semana. Depois passou a levar 1 mês. Quanto mais velha, mais imbecil ficou. Então, esse caso durou quase dois anos. "...ainda leva uma cara pra gente poder dar risada... não vou dizer que foi ruim, também não foi tão bom assim. Não imagina que te quero mal, APENAS NÃO TE QUERO MAIS.":





E assim termina a trajetória de nossa heroína confusa, apaixonada, desastrada e atrapalhada. E fechada pra balanço.

Pensem bem, podia ser pior. Podia ser com trilha sonora de Elimar Santos. Ou Agnaldo Timóteo.

8 comentários:

Mikio disse...

Que linda história!

Vê-se que essa heroína, sendo linda e inteligente, logo após esse rápido balanço, reabrirá mais linda e mais inteligente ainda.

E, fortalecida, encontrará outro amor. Não mais forte, nem melhor. Apenas diferente, como todo amor.

;)

Beijos querida.

Raquel disse...

Criatura, tomei um susto quando entrei no blog! Quem é aquele vivente de vermelho e com o dedo apontado pra gente?
Creda!

Marie Tourvel disse...

Mikio, querido, fico muito contente que tenha gostado de minha história. Não sei se nossa heroína é linda e tampouco inteligente, mas ela cansou e está exausta. Ela é errada e errante. Tá na hora de acertar. ;)

Todo amor é diferente, né? Vou inventar um destino para nossa doida. :))))

Beijos!

Marie Tourvel disse...

Aquele vivente é um dos heróis deste blogue, Raquel. Ninguém mais, ninguém menos que Barry Manilow. Aquele da "At the Copa, Copacabana the hottest spot north of Havana..." Não lembra? Tchô vê... ah... "Ready to take a chaaaaaance again". Nada? Ah... You know I caaaaaan´t smile without you". Mandy? Acho que acabou meu repertório de Barry manilow. (ainda bem) :)))))

Beijos, querida

Madame Min disse...

Marie

Lembrei de Barry M. uma que talvez se aplique bem à história:

"... and he never wrote a song for Linda/and she was right there all alone." (Linda)

Beijoca da sua amiga igualmente exausta

Min

Marie Tourvel disse...

Boa lembrança, Min, minha querida. Parece que a gente vai ficando exausta, exausta e... De Repente, califórnia. ;)

Um grande beijo e muita saudade.

Mike disse...

Marie, cuide de dar a mão a essa heroína meio perdida. Dê-lhe um destino, mas continue partilhando a história dela connosco. :)

Marie Tourvel disse...

Eu estarei sempre ao lado desta tonta heroína, Mike, querido. Partilharei sempre suas mazelas por aqui, até que me seja possível.

Um grande beijo e saudades de desconversar... ;)