Um vegetal?
Tem gente que quer competir. E, ao contrário do que propaga, leva uma vidinha modorrenta e infeliz. Quando surge uma chance de competir com alguém que, ou não tem a mínima chance de vencer, ou não está interessada em competir, preferindo deixar pra lá, se diz vencedora. Ao vencedor, as batatas. Não tenho a menor vontade de competir -já disse que só no tênis. Falta-me gana para isso. Tenho preguiça. E nem tenho mais idade. Que faça bom proveito. A batata é boa, mas não vale meu ingresso na batalha. A preguiça é uma característica bem bananeira adquirida por essa italiana, aqui. Se me incomoda ser chamada de covarde? Não, nem um pouco. Um dia, conversando com uma grande amiga e contando certos episódios de minha vida, que lá atrás não foi nada modorrenta, ela disse que se fosse ela, anunciaria no fusquinha do Rodney Dy: "Pamonhas, pamonhas fresquinhas, pamonhas de Piracibaca. Sabem o que aconteceu? Contarei..." Rimos tanto disso que me veio a idéia do post do FLIP 2008. Mas o fato é que não tenho a menor necessidade de anunciar nem no caminhão de morangos de Atibaia. A lembrança é boa pra mim. Ponto. Compartilhar, só com grandes amigos, como com essa moça que talvez seja a pessoa mais pura que já conheci. Vocês já conversaram com alguém que tenha pureza no olhar? Eu sei que é difícil encontrar, mas eu encontrei algumas desse jeito. Tem uma pessoa que parece que tem olhar de gente do mal, de gente ruim mesmo. Mas é só tipo. Ele -sim, é um homem, tem a pureza nas atitudes. Quando digo atitudes, me refiro à honestidade, integridade, essas coisas que hoje em dia estão em desuso, mas que eu insisto em procurar nas pessoas. Os semelhantes se atraem, afinal. Minha vidinha hoje é modorrenta, sim. Mas me dizer infeliz, seria muito injusto. Conheço meia dúzia de gentes que me faz dizer que sou feliz e não preciso ser movida à competição nenhuma. Essa fase, eu pulei. Monotonia, eu quero uma pra viver.
Adendo: a primeira frase que eu coloquei na retranca, logo abaixo do nome do blogue era a que eu considerei que iria até o final dos dias desta pocilga. Aí, a querida Nariz Gelado abriu minhas "portas da percepção" e pediu para que eu trocasse. Aí, fui trocando as frases e as imagens e gosto de fazer isso. Não quero marca registrada. Não quero que me marquem com uma imagem ou uma frase apenas. O que vai acima e nas fotinhos ao lado que coloco é um reflexo do que sou, do pouco que sei, do pouco que li, do pouco que assisti. Fico chateada por algumas pessoas que tenho o maior carinho fingirem não dar bola pra mim. Mas também, não há a menor necessidade de me dar bola. Sou desimportante até para uma batata. Repito a primeira frase de retranca do blogue:
No soup for you! Next!
7/12/2008
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2 comentários:
Eu quero sopa! Quero muito! Tem mais gente amando vc do que imagina, dona Marie, que poderia estar tranqüilamente entre as francesinhas do livro de ontem. Beijo!
Nesta tarde comecei a devorar aquele livro. Que delícia de livro, Jana. E quanto ao amor... ah, esse sentimento com nome de paçoca, né? Ou é uma paçoca com nome de sentimento? Só você pra me alegrar o final do dia, querida. Um grande beijo minha mais pura amiga. ;)
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