7/12/2008

Monotonia, eu quero uma pra viver

Um vegetal?


Tem gente que quer competir. E, ao contrário do que propaga, leva uma vidinha modorrenta e infeliz. Quando surge uma chance de competir com alguém que, ou não tem a mínima chance de vencer, ou não está interessada em competir, preferindo deixar pra lá, se diz vencedora. Ao vencedor, as batatas. Não tenho a menor vontade de competir -já disse que só no tênis. Falta-me gana para isso. Tenho preguiça. E nem tenho mais idade. Que faça bom proveito. A batata é boa, mas não vale meu ingresso na batalha. A preguiça é uma característica bem bananeira adquirida por essa italiana, aqui. Se me incomoda ser chamada de covarde? Não, nem um pouco. Um dia, conversando com uma grande amiga e contando certos episódios de minha vida, que lá atrás não foi nada modorrenta, ela disse que se fosse ela, anunciaria no fusquinha do Rodney Dy: "Pamonhas, pamonhas fresquinhas, pamonhas de Piracibaca. Sabem o que aconteceu? Contarei..." Rimos tanto disso que me veio a idéia do post do FLIP 2008. Mas o fato é que não tenho a menor necessidade de anunciar nem no caminhão de morangos de Atibaia. A lembrança é boa pra mim. Ponto. Compartilhar, só com grandes amigos, como com essa moça que talvez seja a pessoa mais pura que já conheci. Vocês já conversaram com alguém que tenha pureza no olhar? Eu sei que é difícil encontrar, mas eu encontrei algumas desse jeito. Tem uma pessoa que parece que tem olhar de gente do mal, de gente ruim mesmo. Mas é só tipo. Ele -sim, é um homem, tem a pureza nas atitudes. Quando digo atitudes, me refiro à honestidade, integridade, essas coisas que hoje em dia estão em desuso, mas que eu insisto em procurar nas pessoas. Os semelhantes se atraem, afinal. Minha vidinha hoje é modorrenta, sim. Mas me dizer infeliz, seria muito injusto. Conheço meia dúzia de gentes que me faz dizer que sou feliz e não preciso ser movida à competição nenhuma. Essa fase, eu pulei. Monotonia, eu quero uma pra viver.

Adendo: a primeira frase que eu coloquei na retranca, logo abaixo do nome do blogue era a que eu considerei que iria até o final dos dias desta pocilga. Aí, a querida Nariz Gelado abriu minhas "portas da percepção" e pediu para que eu trocasse. Aí, fui trocando as frases e as imagens e gosto de fazer isso. Não quero marca registrada. Não quero que me marquem com uma imagem ou uma frase apenas. O que vai acima e nas fotinhos ao lado que coloco é um reflexo do que sou, do pouco que sei, do pouco que li, do pouco que assisti. Fico chateada por algumas pessoas que tenho o maior carinho fingirem não dar bola pra mim. Mas também, não há a menor necessidade de me dar bola. Sou desimportante até para uma batata. Repito a primeira frase de retranca do blogue:
No soup for you! Next!

2 comentários:

Anônimo disse...

Eu quero sopa! Quero muito! Tem mais gente amando vc do que imagina, dona Marie, que poderia estar tranqüilamente entre as francesinhas do livro de ontem. Beijo!

Marie Tourvel disse...

Nesta tarde comecei a devorar aquele livro. Que delícia de livro, Jana. E quanto ao amor... ah, esse sentimento com nome de paçoca, né? Ou é uma paçoca com nome de sentimento? Só você pra me alegrar o final do dia, querida. Um grande beijo minha mais pura amiga. ;)